Hoje o nosso case de sucesso é do Seu Duda e da Dona Lina pais de 16 filhos, que fundaram uma grande marca de roupas, e o nome dessa marca é uma junção do nome de seus fundadores Duda+lina = Dudalina.
Seu Duda e Dona Lina, após se casarem e super apaixonados tiveram dezesseis filhos, e para sustentar tanta gente o casal mantinha em Luis Alves uma vendinha, no andar de baixo da casa em que moravam, lá seu Duda vendia as mais diversas coisas, desde comida a tecidos e roupas. Numa das idas a São Paulo para reabastecer o estoque da vendinha, seu Duda acabou comprando muito mais do que deveria de um tecido. Prejuízo certo para aquela época.
Dona Lina, então resolveu descosturar uma camisa que tinha na venda de seu Duda para entender como a peça era feita, contratou duas costureiras e, naquela tarde, fizeram três peças. Assim que as camisetas foram colocadas nas prateleiras da loja, tiveram uma rápida saída. Dona Lina viu ali uma grande oportunidade de crescimento e assim nasceu a Dudalina, no dia 3 de maio de 1957.
A família migrou para Blumenau e uma nova loja foi aberta. “Naquela época, não tinha muito o que fazer. Então minha mãe dava tarefas para os filhos: estudar, trabalhar e cuidar dos irmãos”, comenta Sônia, uma das filhas do casal. E assim, por “não ter o que fazer”, Sônia tomou gosto pelo mundo dos negócios. Sônia estudou muito e foi à Espanha conhecer uma certa tecnologia têxtil.
Voltou com uma proposta para ensinar o que havia aprendido em uma empresa de Minas Gerais. As coisas não foram tão fáceis e conforme o que lhe foi dito. Mas não desistiu, abriu outra empresa que logo foi vendida para um casal que pediu a consultoria dela para levar o negócio adiante. E, assim, de uma empresa para outra, de um aprendizado para outro, Sônia decidiu morar em São Paulo.
Quando a empresa Dudalina, já tinha 26 anos, já fornecia camisas para grandes clientes, como a Sears, as lojas Pernambucanas e a C&A. A empresa queria iniciar uma nova expansão e os planos eram para São Paulo. Foi aí a chance de Sônia. A pedido de um dos irmãos, Sônia voltou para a empresa da família e a estruturou.
Sônia acabou passando por os mais diversos setores da empresa desde: marketing, desenvolvimento de produto, desenvolvimento de matéria prima, vendas e o que mais aparecesse. Armando irmão de Sônia reconheceu todo o esforço que a irmã fazia dentro da Dudalina e acabou indicando a irmã ao conselho da empresa e ela foi muito bem recebida como nova presidente.
Graças a Sônia, a empresa que tinha como foco absoluto o mercado de roupas masculinas resolveu conquistar também o público feminino. Esse era um salto que exigiria uma reestruturação de conceitos completa: nova missão, nova visão de negócio, novas estratégias. Mas foi com essa mudança que a empresa teve um grande “Bum” e a loja foi a matriz e pioneira para outras lojas da marca e, em 2010, a empresa que já tinha mais de três mil canais de venda entrou para o varejo com a coleção de camisas para mulheres.
A família Dudalina cresceu e atualmente tem mais de 2500 colaboradores (70% de força feminina), trabalhando na construção do grande sonho. A empresa cresce, em média, 30% ao ano e, em três anos, 1/3 do faturamento já é referente à coleção feminina. O lado criativo e cuidadoso da mulher também se refletiu na produção: mais de 1.500 modelos de camisas para mulheres e outros 1.500 modelos de camisas para homens.
Em uma declaração Sônia conta que – “Sempre me perguntam se ser mulher atrapalha. Eu acho que não. Eu acho que não depende do gênero, depende da alma, depende do que você é. Essa alma empreendedora veio da minha mãe. Ela foi uma grande obstinada a vida inteira. Teve 16 filhos, educou, todos são muito trabalhadores, mas ela foi empreendedora. A minha mãe é a minha grande inspiração e meu pai era meu grande amor por fazer lindas poesias”. Esse é o meu sonho, eternizar a empresa e o nome dos meus pais”.
A empresária Sônia deixou a camisaria que os pais fundaram em 1957 após a fusão da marca com a Restoque. O grupo, dono das grifes Le Lis Blanc, Bo.Bô, John John e Rosa Chá, tornou-se proprietário de 50% da empresa.
Sônia, durante um tempo, ocupou uma cadeira no conselho, mas acabou saindo do posto. Deixou na mão dos novos gestores um legado impressionante: transformou uma confecção familiar em uma das marcas de moda mais valiosas do país.
Ela apostou em lojas próprias e na publicidade para mulheres de negócios e acreditou na que a qualidade e a dedicação são as principais coisas. Mas mesmo saindo dos cuidados da Dudalina, ela ocupa o posto de vice-presidente do grupo Mulheres do Brasil e comanda o Lide Mulher. Além disso, se tornou mentora dos programas Mulheres em Conselho, Endeavor e Winning Women Brasil, da Ernest Young. E ela ainda atua como conselheira do Instituto Ayrton Senna, da Verde Escola e da Fundação Dom Cabral.