E a saúde financeira de sua empresa, como vai?

10 de maio de 2017
E a saúde financeira de sua empresa, como vai?

Você sabe avaliar a saúde financeira de sua empresa? Um(a) empreendedor(a) responsável sabe que uma de suas principais obrigações com sua organização é jamais perder o controle de suas finanças.

Mas uma boa gestão de negócios compreende o conhecimento profundo sobre a área de atuação da empresa, o mercado em que ela está inserida e o seu desempenho econômico e financeiro em um determinado período.

Através desses dados, os administradores conseguem nortear o planejamento estratégico e tomar decisões mais assertivas.

É preciso manter os olhos atentos aos resultados da companhia, seu nível de endividamento, sua lucratividade, faturamento bruto mensal, entre outros aspectos.

Tudo visando diagnosticar a quantas anda a saúde financeira da sua empresa.

Vamos conhecer alguns dos principais indicadores de desempenho financeiros e aprender a utilizá-los para analisar as finanças de nossos negócios?

Primeiramente vamos dar uma olhada nos indicadores de desempenho financeiro:

A rentabilidade a quantas anda?

Indicador extremamente importante e que visa mensurar a viabilidade do negócio e sua capacidade de retornar o capital investido.

Para saber se o negócio é financeiramente viável e atrativo, o empreendedor deve utilizar o valor que investiu ou que pretende investir como parâmetro para o cálculo.

Exemplificando seria algo assim: imagine que você investiu R$ 10 mil na empresa e ela retornou R$ 1,5  mil (valor líquido), isso quer dizer que sua rentabilidade é de 15%. Simples, não é mesmo?

Prazer, faturamento bruto!

O faturamento bruto corresponde à soma dos ganhos que foram obtidos em um determinado período e é usado para mostrar exatamente quanto dinheiro entra no empreendimento, é  a diferença entre a receita líquida e os custos de um produto ou serviço, sem a dedução dos impostos, despesas e outros custos variáveis.

Ele representa a diferença entre as vendas efetivadas e o quanto se gasta na produção do produto ou na realização do serviço.

É o resultado da atividade de venda de bens ou serviços.

O fluxo de caixa, está fluindo bem?

Se hierarquizamos todas as métricas existentes, talvez o fluxo de caixa seja o mais importante.

Ele é a ferramenta gerencial que toda empresa possui para gerenciamento de entradas e saídas de recursos financeiros.

Quando possui saldo positivo, indica que a empresa possui liquidez, ou seja, que tem mais dinheiro entrando do que saindo em determinado período de tempo.

Esta liquidez pode permitir investimentos no curto prazo, mas não deve ser confundida com o lucro.

Se quiser saber mais sobre esse importante indicador de negócio, temos artigos falando mais sobre aqui e aqui neste link você pode conhecer a ferramenta ideal para gerir o seu fluxo de caixa.

De olho na lucratividade.

Ter um faturamento alto não é o suficiente se os lucros não forem condizentes.

Diferente do lucro que corresponde à subtração dos custos em relação aos ganhos da empresa, a lucratividade é obtida através da divisão entre faturamento bruto mensal e lucro líquido, resultando em um valor percentual.

Se, mesmo com muito dinheiro entrando, o lucro não está aparecendo, pode ser que os gastos estejam altos.

É o tipo de informação que ajudará o gestor do negócio a traçar o melhor planejamento para reduzir gastos e aumentar a lucratividade.

É o indicador de desempenho financeiro mais relevante para avaliar se o negócio vale a pena ou não.

E os custos fixos, como estão?

Os valores dos custos fixos precisam ser precisos para que a saúde financeira da empresa seja avaliada com precisão cirúrgica.

Isso porque representam as despesas que não variam, independente da situação financeira da empresa, ou seja, mesmo que seu faturamento seja maior ou menor em um determinado mês.

Os custos fixos precisam ser estáveis, pois seu aumento pode interferir diretamente na lucratividade, podendo, inclusive, vir a tornar o negócio inviável.

Qual seu  ticket médio?

Talvez este indicador seja importante principalmente para as empresas do setor varejista, basicamente refere-se ao valor médio de cada venda e seu cálculo é realizado com base no volume de vendas de um determinado período.

Com este cálculo é possível, por exemplo, identificar seus melhores vendedores (caso seja calculado sobre cada funcionário).

Seu resultado ajuda na tomada de decisões, indicando se há necessidade de adotar novas estratégias de vendas, marketing, se é preciso reforçar a equipe de vendas, etc.

O pessoal só entra e já sai de sua empresa? Fique de olho no Turnover.

Quando se fala em saúde financeira da empresa em geral, pensa-se logo nos indicadores financeiros, mas é preciso avaliar também como andam seus colaboradores.

O turnover mostra a rotatividade dos funcionários na empresa, quando alto, ele pode indicar problemas internos que refletem diretamente nas vendas e podem até mesmo impactar no atendimento ao cliente.

É importante que você empreendedor(a) consiga solucionar os problemas internos a fim de fazer os funcionários se motivarem e se empenharem a atingir os objetivos e metas estipulados.

Qual o Custo de aquisição de cliente (CAC)?

O CAC é uma informação crucial para qualquer empresa, porque ele avalia o processo de conquista de um cliente e indica os impactos que isso gera no resultado.

Como se calcula? Basta somar os custos com vendas e ações de marketing — incluindo despesas gerais — de um determinado período e dividir o total pelo número de clientes conquistados no mesmo período

Para valores de CAC muito elevados, o gestor pode ter um indicativo de que os esforços de atração de um cliente não são compensados pelo que se ganha com ele.

Obviamente, serão necessários ajustes tanto no processo de vendas como no setor de marketing para os valores não chegarem a níveis insustentáveis.

Como está o seu nível de endividamento?

O índice de endividamento da empresa é um indicador de desempenho financeiro que tem como objetivo mostrar se o negócio depende de fazer dívidas para continuar funcionando.

O nível de endividamento da empresa considera diversos períodos consecutivos para indicar como o empreendimento tem feito para obter receita.

Pode-se com este indicador, por exemplo, analisar se a empresa precisa recorrer a complemento de capitais próximos para injetá-los em seu processo de produção ou se ela precisa contrair dívidas; como empréstimos para pagar outras dívidas.

Enquanto o primeiro caso pode ser considerado um nível de endividamento até mesmo desejável, já que se trata da organização emprestando a si mesma, no segundo caso, deve-se fugir o máximo que puder desta hipótese, já que há um grande risco do negócio chegar à falência, portanto muito cuidado.

Como se calcula?

Faça a divisão do total de passivos 1 pelo total de ativos 2 e multiplique por 100 para que seja possível chegar a um valor percentual.

Passivo: Contas a pagar, fornecedores, empréstimos, financiamentos, impostos, salários, exigíveis de de médio e longo prazo.

Ativo: Saldo disponível em contas no banco e no caixa, contas a receber, estoques, todo o tipo de ativo circulante que a empresa possa contar.

Após realizar o cálculo de nível de endividamento, veja seu índice.

A verdade será apenas uma: quanto mais alto o índice, pior a situação da empresa, já que “maior” nesse caso quer dizer risco de atividade.

No geral, um índice de 70%, ou superior, não é um bom indicador e sinaliza que o empreendimento não está sendo capaz de caminhar com as próprias pernas, dependendo mais do que deveria, de recursos de terceiros, com uma frequência maior do que é capaz de arcar.

Esperamos que o artigo seja útil e que você possa melhorar ainda mais a gestão de seu negócio, no que depender das dicas e daquela ajudinha do NxFácil, isso será moleza!