Hoje nossa publicação de empreendedores que inspiram vai para Abilio Diniz que além de ótimo administrador, escritor e excelente pai, ainda é um incrível atleta que desde muito novo se dedicou aos esportes que vão além de futebol e musculação a também luta e diversas corridas.

A sua história se inicia quando seu pai decidiu sair de uma pequena cidade no interior de Portugal, para se mudar para o Brasil. Seu pai logo quis ter o seu próprio negocio e acabou fundando uma padaria, a Doceria Pão de Açúcar foi fundada em São Paulo, em homenagem à paisagem ele avistou ao chegar ao Brasil, vindo de Portugal

Abilio dos Santos Diniz nasceu em São Paulo, em 28 de dezembro de 1936. Sua vida é toda marcada pela paixão esportiva. O primeiro lugar onde se percebeu uma pessoa hábil e se sentiu vitorioso foi debaixo de um gol, nos jogos de futebol de rua no bairro.

O talento de goleiro, e depois nas lutas, deu-lhe autoestima e consolidou sua crença na capacidade do esporte como atividade transformadora.  Aprendeu judô, boxe e capoeira e, ainda adolescente, iniciou-se na musculação e no levantamento de peso.

 Após o término do segundo grau no colégio Mackenzie, foi para a Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas, em 1956. Finalizado o curso de administração, Abilio pensou em  continuar seus estudos de pós-graduação nos Estados Unidos. Chegou a fazer exames para a universidade de Michigan, mas quando já estava de malas prontas, seu pai lhe propôs a abertura de um supermercado. Abilio, assumiu um cargo executivo na empresa e começou o projeto de implantação do primeiro supermercado Pão de Açúcar, inaugurado em abril de 1959.

No ano seguinte, Abilio se casaria com Auri. Juntos tiveram quatro filhos: Ana Maria, João Paulo, Pedro Paulo e Adriana. Os supermercados atraíam a classe média e eram sucesso no Brasil. Em 1963, foi aberta a segunda loja. Em 1965, adquiriu a rede Sirva-se, pioneira do negócio em São Paulo.

Em 1968, o Pão de Açúcar já contava com 40 supermercados e 1.642 funcionários e Abilio se firmara como um destacado executivo da empresa, jovem e empreendedor. Também mantinha uma nova rotina esportiva, agora orientada para a velocidade. No final dos anos 60, começou a disputar provas de motonáutica e conquistou o tricampeonato brasileiro, em 1968, 1969 e 1970. Em outras pistas, disputou provas de automobilismo e ganhou, em dupla com o irmão Alcides, as Mil Milhas de Interlagos, em 1970.

Abilio começou a sua participação no governo, como membro do Conselho Monetário Nacional, permaneceu por dez anos, entre 1979 e 1989. Nesse período, contribuiu para buscar soluções para a economia brasileira, mas se afastou excessivamente dos negócios da empresa.

A vida de Abilio tem um ponto de mudança justamente na virada dos anos 80 para os 90, quando três fatos mudaram totalmente a  sua visão de si mesmo e do mundo e transformaram sua personalidade.

O primeiro fato foi que a sua família, acabou brigando e se separando e tudo isso causado por problemas sucessórios no Pão de Açúcar que envolvia Abilio e seus irmãos. A tensão só se dissipou em janeiro de 1994, quando foi assinado o acordo que garantiu o controle da companhia para Abilio.

No dia 11 de dezembro de 1989, Abilio foi sequestrado. O  empresário passou sete dias no cativeiro, e entendeu que ele não era  indestrutível e inalcançável.

O último fato foi o quase desaparecimento do próprio Pão de Açúcar, que esteve à beira da falência em 1990.

 

Abilio reafirmou sua profunda relação com Deus. E, nas suas próprias palavras, nasceu um sujeito menos áspero e briguento que passou a compreender melhor o sentido do amor, do autoconhecimento e da religião em sua vida.  Com determinação e disciplina, Abilio lançou o Pão de Açúcar em mais um longo ciclo de expansão e lucros. O empresário aumentou seu interesse pelas corridas de longa distância e, em 1994, correu sua primeira maratona em Nova York, um de seus maiores orgulhos.

Em busca da profissionalização, Abilio abriu mão da presidência executiva do Grupo em 2003 e passou a exercer a função de presidente do Conselho de Administração do Grupo. Em 2009, o Grupo Pão de Açúcar comprou a rede Ponto Frio, e em 2010, associou-se à Casas Bahia.

Em 2000, Abilio Diniz conheceu a economista Geyze Marchesi em um evento do Grupo Pão de Açúcar. Casaram-se em 2004. Geyze queria constituir uma família, enquanto Abilio, com filhos e netos, sentia-se realizado. Mas acabou cedendo e em 2006 nasceu Rafaela, a primeira filha do casal, e em novembro de 2009, foi celebrada a chegada de Miguel.

Em abril de 2013, Abilio assumiu a presidência do Conselho de Administração da BRF e em setembro deixou a presidência do Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar. Em dezembro de 2014, a Península, empresa de investimentos de sua família, adquiriu participação acionária no capital do Carrefour Brasil, do qual o empresário agora ocupa uma das cadeiras do Conselho. Já em março de 2015, a Península adquiriu ações do Carrefour S.A., e, um ano depois, tornou-se a terceira maior acionista da companhia. Em maio de 2016, Abilio Diniz foi nomeado membro do Conselho de Administração do Grupo Carrefour.

Abilio ainda se dedicou a escrever dois livros que fizeram muito sucesso.
Em 2004, Abilio Diniz lançou o livro Caminhos e Escolhas – O caminho para uma vida mais feliz. O livro aborda seis pilares que Abilio Diniz julga essenciais para uma vida feliz: atividade física, alimentação, controle do estresse, autoconhecimento, amor e espiritualidade e fé.

Livro “Novos Caminhos, Novas Escolhas”
Em outubro de 2016, Diniz lançou seu segundo livro Novos Caminhos, Novas Escolhas, que conta as principais reinvenções da vida pessoal e profissional do empresário nos seus últimos 12 anos. Como em seu best-seller anterior, Caminhos e Escolhas, de 2004, que vendeu 220 mil cópias, Diniz defende um estilo de vida saudável, mas dessa vez aposta ainda mais na longevidade com qualidade, sempre procurando equilíbrio.

Em sua primeira semana de vendas, “Novos Caminhos, Novas Escolhas” estreou nas listas de mais vendidos da revista Veja e do jornal Folha de S.Paulo, ambos na categoria “não ficção”.

Em março de 2017 foi lançada a versão em francês do livro. O lançamento aconteceu na Embaixada do Brasil na França. A obra também ganhou uma versão em inglês comercializada no mercado americano.

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