A nossa referência de hoje de empreendedores que inspiram é a da dona Cleusa que com toda certeza sonhou muito e acreditou na sua vontade de crescer e mudar a sua vida.
Cleusa começou a trabalhar com 9 anos para ajudar a mãe, que tinha outros oito filhos e que acabou ficando viúva, Cleusa se viu obrigada a ajudar a sua mãe a cortar cana para sustentar a sua família, Cleusa conta em entrevista que na sua infância nunca teve nem se quer uma boneca para brincar. Mas seis anos depois, quando completou 15 anos, ela deixou seu estado natal, o Paraná, e foi para São Paulo buscar uma vida melhor.
Chegando em São Paulo, se deparou com um ambiente totalmente novo e viu ali nesse Estado a sua possibilidade de crescimento, se mudou para uma cidade do interior Paulistano e logo começou a trabalhar como empregada doméstica em vários locais, mas a sua história mudou de papel quando a mulher do seu patrão que fazia bolos para fora teve um problema de saúde, ela pediu para Cleusa ajudá-la, mas Cleusa nunca tinha feito um bolo na vida. Então ela a ensinou os detalhes e Cleusa logo começou a fazer bolos e doces e vender no bairro em que morava.
E foi fazendo vários bolos com muitos acertos e erros que Cleusa foi se aprimorando e se apaixonando por esse mundo doce. Cleusa conseguiu abrir o pequeno espaço apenas com 20 m² em Salto, interior de São Paulo. Foi aberta em 1997 com o dinheiro de uma rescisão de dois anos de trabalho e mais uma ajuda do irmão, o que hoje representaria cerca de R$ 5 mil, a sua primeira lojinha.
Ali, logo colocaram à venda, também, as balas de leite Ninho e de coco cuja receita foi aprendida em um programa de TV. Juntou o sucesso das balas com o dos bolos, que foram ficando cada vez mais aprimorados, e o negócio foi crescendo.
Ela assava o bolo em casa e levava até a loja a pé mesmo para enfrentar uma rotina que muitas vezes começava às sete da manhã e se estendia até às nove da noite. Mesmo a dedicação da empresária não garantia as vendas. “No fim do mês, eu não tinha dinheiro para pagar a conta de luz. Atrasava a o pagamento da minha casa, mas pagava a da loja. “É preciso saber que a dificuldade faz parte de qualquer processo quando não tem capital para iniciar”, conta.
Passando muitas noites em claro e mal dormidas Cleusa passou muita dificuldade em manter a sua loja aberta, Cleusa chegava a dormir na loja e depois no pequeno carro que comprou em 36x, ela tinha medo de que algum cliente chegasse e ela não estivesse ali para atendê-lo e fazer o bolo desejado.
Quatro anos depois, mudou o empreendimento para um espaço de 80 m², quatro vezes maior do que o primeiro. Tendo como sócios irmãos e ex-funcionários, foi abrindo outras lojas, em cidades próximas, como Sorocaba, Americana, Itu e Indaiatuba. Dez anos e muito trabalho depois, a Sodiê Doces virou franquia, em 2007, termo que Cleusa nem sabia o que era quando um cliente a questionou sobre o assunto. Mas foi atrás para saber do que se tratava, fez cursos e pesquisas durante cinco anos e abriu a primeira.
A Sodiê Doces conta com mais de 290 lojas espalhadas pelo Brasil. Elas estão localizadas em 13 estados do país e não vão parar por aí. O próximo alvo deverá ser o exterior. Compostos por mais de 90 variedades de sabores. O cliente pode encomendar o bolo inteiro, que pode ser feito em cerca de uma hora, ou degustar na própria loja, que também trabalha com o sistema de fatias. Capazes de conquistar todos os paladares, eles ainda têm um preço muito acessível.
E aí, já experimentou um doce da Sodiê Doces? Conta para a gente!