Você sabia que misturar finanças pessoais com as finanças da empresa pode trazer consequências desastrosas para todo e qualquer negócio?
Aquela historinha de colocar uma continha de luz ou de água ou boleto da escola dos filhos ou do carro junto com os boletos da empresa pode ser mais séria do que você imagina.
A retirada, por parte dos sócios de uma empresa, de recursos financeiros destinados a quitar despesas pessoais é uma prática relativamente comum e que está relacionada às contas bancárias de grande parte dos negócios no Brasil.
Infelizmente, essa prática tida como corriqueira traz inúmeros prejuízos para a saúde financeira de qualquer organização, uma vez que a retirada desordenada de dinheiro impede a percepção dos motivos que mais geram mais despesas para o empreendimento, dificultando o monitoramento de prejuízos e a percepção de lucros advindos do negócio.
Definitivamente essa mistura é ultra tóxica, especialmente para quem quer manter o fluxo de caixa da empresa saudável.
Se você mistura, chega uma hora em que não consegue mais avaliar se o seu negócio e as suas finanças pessoais estão indo bem ou não.
E para piorar, a retirada de recursos por parte dos sócios de forma desordenada dá ensejo a confusão patrimonial, que ocorre quando o patrimônio da empresa se mistura com o dos sócios, podendo inclusive resultar em responsabilização direta e pessoal dos sócios em caso de endividamento e possível decretação de falência da empresa.
Contas pessoais, são pessoais e as da empresa são da empresa.
Parece simples, mas nem sempre é assim tão fácil e a seguir você verá o porquê.
É muito comum por exemplo, o pequeno empresário fazer uso do mesmo carro na empresa e para atividades pessoais, utilizar o celular corporativo para fins pessoais, etc.
O que fazer?
Vamos analisar o exemplo do automóvel para que fique bem claro; se o carro é da empresa você deve abater do seu pró-labore um percentual referente aos gastos com manutenção do veículo, combustível e até mesmo aluguel.
Se o carro for seu, esses gastos devem ser incluídos na conta da empresa, simples assim.
O mesmo vale para contas de celular, telefone, internet entre outros, o importante é deixar bem especificado o que é gasto com a empresa e o que é gasto com as despesas pessoais.
A regra é clara: nunca leve suas despesas de casa para a empresa, nem o contrário.
Tapar um buraco com outro é um forte indício de que algo dará errado no futuro, portanto, mantenha as contas de casa separadas das contas da sua empresa.
Fixe um valor de pró-labore.
Já falamos sobre esse assunto (confira aqui) mas é sempre bom relembrar, muitas vezes, as retiradas de dinheiro da empresa para quitar despesas pessoais se devem ao fato de que os gestores da empresa não possuem um valor fixo periódico de retirada a título de pró-labore.
Assim, não havendo remuneração determinada pelo trabalho que os sócios exercem, inevitavelmente eles farão retiradas desprogramadas de dinheiro para arcar com suas despesas e é aí que mora o perigo.
O planejamento de retiradas de pró-labore permite organizar as contas da empresa, planejar os gastos mensais e monitorar o crescimento de despesas.
Separe as contas bancárias, pra ontem.
Você teria de praticamente possuir poderes sobrenaturais para não misturar as contas pessoais e da empresa, é praticamente impossível, havendo apenas uma conta bancária para a gestão dos recursos.
Mesmo que haja controle dos gastos em planilhas separadas, não há motivos para que haja apenas uma conta.
Nos dias de hoje, os bancos oferecem pacotes de tarifas econômicos, principalmente para as pessoas físicas, tornando desnecessária a existência de uma única conta para gerir tantas movimentações financeiras.
E outra grande vantagem e motivo para que você abra uma conta empresarial é que os bancos têm produtos para esse tipo conta que não são acessíveis nas contas comuns, como linhas de crédito e serviços de cobrança.
Mantenha organizadas as contas da empresa.
Quando a confusão de recursos financeiros pessoais e empresariais é tanta que não há mais como saber qual a natureza de cada despesa, é preciso contar com a ajuda de um(a) profissional de contabilidade.
Um bom profissional da área pode ser de grande valia para organizar de vez as contas e, a partir daí, traçar um percurso financeiro para a empresa.
Além de lhe orientar com os primeiros procedimentos para sair do caos financeiro desta mistura de contas, o(a) contabilista saberá lhe informar o que é legalmente válido, no momento de destinar os recursos da organização.
Só se atrapalha quem quer: tenha um software de gestão empresarial!
A aquisição de um software de gestão empresarial é uma medida relativamente simples e barata que pode revolucionar a organização das finanças da sua empresa.
Com recursos rápidos, mecanismos personalizados e inúmeras facilidades, esse tipo de programa de gestão poupa tempo e permite que as contas estejam sempre em ordem, por mais movimentações financeiras que sejam realizadas diariamente.
O NxFácil, por exemplo, além de lhe dar um controle financeiro completo de seu negócio, ainda permite entre outras coisas, emitir nota fiscal eletrônica, nota fiscal de serviços eletrônica, boletos, controlar seu estoque e muito mais.
É o tipo de investimento que vale a pena, só tende a ajudar o seu negócio e o valor investido com certeza se pagará em pouco tempo.
Esperamos que tenham gostado das dicas e que possam colocá-las em prática hoje mesmo no seu negócio!